Concordo com o movimento racista que tirou a atriz Fabiana Cozza do papel de Dona Ivone Lara: Fabiana não é negra.
Assim como eu não sou (talvez nem Dona Ivone fosse): somos mestiços, pardos, mulatos, marrons-bombons, morenos-jambos – num dregradê da paleta de marrons Pantone.
Os racistas do movimento negro brasileiro, aliás, são quase todos mulatos também.
Homens (e mulheres) vira-latas que sonham em ser gente de ‘pedigree’.
Batem no peito, vociferam “Mulatos não! Negros!”: cheios de ancestrais portugueses na árvore genealógica. É simbólico que entre os adereços mais típicos dos ativistas do movimento racista negro estejam o turbante colorido e o par de tênis ADIDAS Originals: a cabeça na África negra com um pezinho na Europa loira de olhos azuis.
No mais, fico triste de que ela tenha se dado por vencida.
Plantar medo e vergonha em quem não fez nada de errado e não devia ter nada a temer é a única estratégia que esse pessoal do movimento racista negro [ e dos ativistas LGBT e feministas ] tem.
Está funcionando cada vez menos, mas vemos – através deste episódio – que ainda funciona.
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