Quem é Monark? Eu juro por deus que até essa semana eu não sabia. Não, claro que eu já tinha visto um cabeludinho e um barbudinho gordo por aí entrevistando umas atrizes pornôs, umas subcelebridades, uns políticos. Eu sabia que existe um canal de vlog chamado Flow (não sabia que era transmitido também em podcast) e se bobeasse eu acertava no chute que o Monark era um dos apresentadores do tal do Flow, e era isso que eu sabia. De vez em quando passava uma chamada lá do programa dele e eu via um trecho quando o entrevistado me interessava, dava stop e ia ver outra coisa que me interessasse mais. Pra mim o patrão era o gordo e o empregado era o magro, mas parece que é o contrário.
Quem é Dave Chapelle? Esse eu sabia. Sabia que é um comediante negro que faz sucesso na Netflix e que é considerado meio sem limites. Só.
Quem é Maurício Souza? Sei lá. Acho que nunca nem tinha ouvido falar. Eu não tenho acompanhado esporte nenhum e não acompanhei as Olimpíadas. Até vi algumas partidas do vôlei em Tokio, mas apenas por estar na casa de parentes e com a televisão ligada: não prestei atenção em saber quem era quem.
Hoje, se os três entrassem no bar eu só não seria o primeiro a pedir foto e autógrafo porque tenho certeza de que a briga para ser o primeiro seria grande. Maurício do Volei ganhou mais de 1 milhão de novos seguidores no Instagram, tem neguinho recontratando a Netflix só pra assistir as comédias do Chapelle e eu juro que vou experimentar o Flow nas minhas viagens do Lins de Vasconcellos pra Ricardo de Albuquerque, já até favoritei no meu app de podcast.
Quando você vir este negro, este cristão ou este cabeludo entrando no bar, peça um autógrafo, faça um joinha de longe, tire uma foto e compartilhe todo orgulhoso nas redes sociais que viu o homem de perto. Estamos precisando de melhores ídolos. Estamos precisando de mais gente que, quando cancelada, em vez de ajoelhar implorando perdão pros autoritários do Leblon, levanta o dedo do meio e manda enfiar o cancelamento na bunda do CEO do iFood ou da Fiat. Vê se aprende com eles, talvez ainda dê tempo de salvar o século XXI.
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